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JO 2024: David de Pina garante primeira medalha olímpica para Cabo Verde


David de Pina, pugilista cabo-verdiano, Paris 2024
David de Pina, pugilista cabo-verdiano, Paris 2024

“Fiz isto pelo meu país porque merecemos”, disse o pugilista cabo-verdiano depois de garantir o bronze.

O pugilista cabo-verdiano David de Pina assegurou a primeira medalha olímpica para o seu país ao derrotar, na categoria de 51 quilos, o zambiano Patrick Chinyemba, campeão africano e bronze nos Jogos da Commonwealth, por 5-0, nesta sexta-feira, 2, em Paris.

Com esta vitória, Pina passa às meias-finais e aspira agora chegar à final e, assim, lutar pela medalha de ouro.

No entanto, mesmo que perca ante Hasanboy Dusmatov, do Uzebequistão, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio’2016, no domingo, 4, David de Pina já tem assegurada a medalha de bronze.

“Não posso conter a emoção. Fiz isto pelo meu país porque merecemos”, disse David De Pina no final, citado pela Associated Press e Reuters, acrescentando que a vitória “foi contra todas as probabilidades, porque “todos apostavam no Patrick, pois é o campeão africano, eu era ninguém, era um simples cabo-verdiano."

“Somos um país pequeno, uma pequena ilha, e nunca fizemos isto antes. Sou o primeiro a escrever esta história, sempre! Senti o apoio que o meu país me deu e merecemos porque passámos por momentos difíceis para chegar aqui”, afirmou.

Quanto ao combate de domingo, o pugilista cabo-verdiano mostra-se confiante e disse que “mostrei ao mundo que nós somos pequenos, mas somos fortes e talentosos”.

David de Pina atribui o seu sucesso à nova abordagem de treino do técnico Bruno de Carvalho.

“Ele é o engenheiro de todas as minhas lutas, ele não dormiu, todas as noites estudava o jogo. Apenas faço o que ele me manda fazer. Os do continente são fortes, mas nós vencemo-los com a nossa força mental”, conclui o o atleta de 27 anos de idade e natural de Santa Cruz, ilha de Santiago.

A delegação cabo-verdiana é integrada por sete atletas e mais 21 elementos, entre técnicos, equipa médica e dirigentes.

C/AP e Reuters

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