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João Lourenço pede "cessar-fogo imediato e incondicional" na Ucrânia e reforma do CS da ONU


Presidente da Angola João Lourenço durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial da Casa Rosada, no âmbito da visita do Presidente da França Emmanuel Macron, em Luanda, a 3 de Março de 2023.
Presidente da Angola João Lourenço durante uma conferência de imprensa no palácio presidencial da Casa Rosada, no âmbito da visita do Presidente da França Emmanuel Macron, em Luanda, a 3 de Março de 2023.

Presidente angolanolembra que nunca houve uma paz efectiva no mundo após a segunda guerra mundial, apesar de ter surgido a Organização das Nações Unidas, cujo papel é o de garantir a paz e a segurança mundiais.

O Presidente angolano pediu um cessar-fogo imediato e incondicional na Ucrânia que permita criar um ambiente para o início de negociações, exigiu uma reforma urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e defendeu soluções negociações para os conflitos em África.

João Lourenço condena anexação de território ucraniano e apoia pais africano como membro permanente do conselho de segurança – 3:27
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João Lourenço fez estas declarações nesta terça-feira, 11, em Luanda na abertura do Conselho Consultivo alargado do Ministério das Relações Exteriores de Angola, em que reiterou a posição de Angola sobre o conflito.

“O mundo acompanha com muita preocupação o eclodir da guerra da Rússia contra a Ucrânia e a anexação de territórios de um país independente, situação que Angola condena”, disse Lourenço que pediu um cessar-fogo imediato e incondicional "para o estabelecimento de uma paz duradoura e se evitar o escalar de uma guerra que já casou a maior crise humanitária, alimentar e energética que o mundo conhece desde o fim da segunda guerra mundial, em 1945”.

Na conversa com os diplomatas angolanos, Lourenço voltou a fazer uma forte defesa da reforma do Conselho e Segurança das Nações Unidas, e lembrou que "nunca houve uma paz efectiva no mundo após a segunda guerra mundial, apesar de ter surgido a Organização das Nações Unidas, cujo papel é o de garantir a paz e a segurança mundial".

América do Sul e África no Conselho de Segurança

Por exemplo, acrescentou, "não foram encontradas ainda as soluções seguras e duradouras para as situações de conflitos perigosos e prolongados como o da península coreana e israelo-palestino, cujas resoluções do Conselho de Segurança vêm sendo desrespeitadas e ignoradas”.

Ao defender a reforma do Conselho de Segurança, ele enfatizou que regiões como África e a América do Sul, não podem ter a voz “negligenciada, porque pode ser determinante na tomada de decisões das questões fulcrais como a paz e segurança, a segurança alimentar a defesa do ambiente, saúde pública e outras que tem a ver com a sobrevivência a nível global”.

Nos conflitos africanos, ele frisou que a diplomacia angolana defende a resolução negociada e pacífica dos conflitos, para que esses países passem "a dedicar todas as suas energias e recursos disponíveis ao serviço exclusivo e desenvolvimento económico e social dos seus países”.

Diplomacia económica

Na orientação ao trabalho dos diplomatas angolanos, João Lourenço apontou a chamada diplomacia económica, que, segundo ele,

Segundo João Lourenço, este esforço enquadra-se na estratégia de promoção do desenvolvimento económico e social angolano, através da captação de investimento estrangeiro directo na economia.

"As nossas missões diplomáticas e consulares devem prestar uma atenção particular a uma diplomacia económica, divulgando de forma direcionada a alvos concretos as grandes potencialidades económicas do nosso país, a legislação aprovada nos últimos anos, para remover ou diminuir a burocracia e outros entraves, combate que se vem travando contra a corrupção e a impunidade, o programa de privatização de importantes ativos do Estado por via de concurso público e outras importante medidas já assumidas e que estão a dar resultados positivos", sublinhou João Lourenço, quem finalmente exortou a atrair investidores em todas as áreas da economia angolana, realçar o potencial agrícola do país, "que nesta crise alimentar pode contribuir para a redução do défice, aumentando a produção de alimentos a exportar".

O Presidente Lourenço referiu-se aos emigrantes que "por razões de diversa ordem optaram livremente por escolher um outro país para viver, trabalhar e realizar seus sonhos" e disse que eles "são tão angolanos como qualquer outro e como tal merecem toda nossa atenção, particularmente naqueles momentos em que estejam em conflito com a lei e necessitem do apoio consular do seu país".

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