Os Estados Unidos querem recomeçar o mais rapidamente possível “o Diálogo Estratégico” com Angola, afirmou ontem ao Presidente angolano o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan.
No seu primeiro dia de visita a Washington, nesta segunda-feira, 20, João Lourenço manteve um encontro com Sullivan para discutir as relações entre os dois países e ainda a situação em África em geral.
A Casa Branca disse que o encontro tinha tido como objectivo “reforçar as fortes relações bilaterais entre os nossos países”.
Durante o encontro, Sullivan reafirmou o apoio dos Estados Unidos “em recomeçar o Diálogo Estratégico Estados Unidos-Angola como aspecto central do nosso envolvimento”, disse a declaração sem dar outros pormenores sobre este dálogo.
A última vez que os dois governos reuniram-se no âmbito desse diálogo foi em Luanda, em Março de 2019, quando foi decidido “promover e aprofundar” a cooperação entre os dois paises no âmbito da economia, segurança e forças armadas, particularmente no que diz respeito ao cumprimento da lei.
No encontro de ontem, disse a Casa Branca, o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, sublinhou também o empenho dos Estados Unidos “em trabalhar com Angola para avançar os nossos interesses comuns em ligações económicas, combater a pandemia da Covid-19 e na segurança regional e marítima para o benefício dos povos americano e angolano”.
Sabe-se que a seguranca no Golfo da Guiné onde se assiste a uma crescente actividade de pirataria tem sido uma fonte de preocupação dos Estados Unidos nessa zona.
O comunicado da Casa Branca não deu outros pormenores e não houve qualquer comentário da delegação angolana ao encontro entre o Presidente João Lourenço e Jake Sullivan.
Encontro com descendentes de escravos angolanos
Também na segunda-feira, o Presidente angolano convidou membros de uma família africano-americana que se pensa serem descendentes directos dos primeiros escravos africanos a chegaram ao que é hoje territorio americano a visitar Angola
Esses escravos eram provenientes do que é hoje o Angola.
João Lourenço avistou-se com membros da família Tucker depois de visitar o Museu Nacional de História e Cultura Africano-Americana.
“O sofrimento que os nossos irmãos passaram no tempo do esclavagismo toca-nos profundamente. Por esta razão, temos que estabelecer uma relação mais próxima entre os nossos países africanos e a nossa diáspora, uma parte da qual se encontra aqui nos Estados Unidos da América”, disse o Presidente que revelou ter convidado a família Tucker a vistar Angola.