Os interesses franceses são o alvo dos ataques dos fundamentalistas em Burkina Faso que, na sexta-feira, 2, atacaram pela terceira vez desde 2006 a capital Ouagadougou.
A leitura é do jornalista cabo-verdiano, Orlando Rodrigues, que se encontrava num hotel a poucos metros do local dos ataques.
Em conversa com a VOA, Rodrigues fez uma leitura da situação e de como as tropas francesas e burkinabes colocaram “fim de forma rápida” ao ataque que podia ter terminado numa “catástrofe porque os jihadistas estavam muito bem armados”.
O jornalista destaca o facto de não ter havido baixas entre civis.
Questionado sobre a forma como os cidadãos reagiram aos ataques, Orlando Rodrigues disse que “a população teve alguns cuidados, mas depois, à noite, já estava na rua e os locais de entretenimento abertos”.
Na leitura daquele jornalista que, com outros colegas, participava num evento em Ouagadougou, não se nota um sentimento muito apurado de insegurança, mas nota-se uma certa preocupação ou conformismo com a eventualidade de haver mais um atentado.
“A presença das forças francesas no Burkina Faso, Mali e Chade ajuda a provocar esse sentimento”, na óptica de Orlando Rodrigues, que lembra que o objectivo dos jihadistas aponta para os objectivos franceses na região.
Por agora, a imprensa e alguns sectores pedem a demissão do ministro das Finanças.
Ouça a entrevista: