O Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, sobreviveu a mais uma moção de não confiança no Parlamento nesta terça-feira, 8 de Agosto, mantendo-se assim no poder.
A votação, que foi secreta, resultou em 177 votos a favor da saída de Zuma, 198 contra a sua destituição e nove abstenções.
Esta foi a oitava vez que Zuma foi submetido a uma moção de não confiança, para forçá-lo a renunciar, mas foi a primeira em que o voto foi secreto, numa tentativa de ter membros do Congresso Nacional Africano (ANC) a votar contra o Presidente.
Nos dias anteriores à votação, os sul-africanos invadiram as ruas em protesto contra Zuma, pedindo que fosse destituído.
Zuma, da etnia Zulu, sofreu esta moção de não confiança devido a vários escândalos de corrupção, em torno também da família Gupta.
Se a votação fosse desfavorável ao actual Presidente da África do Sul, Jacob Zuma seria o segundo Presidente daquele país a resignar ao cargo antes do seu término. O primeiro foi Thabo Mbeki, em 2008, após uma votação no Congresso, que lhe foi desfavorável, na qual ele não conquistou a liderança do ANC, perdendo-a para Jacob Zuma.