O angolano Jacob Cachinga nunca pôde frequentar a escola em seu próprio país. Filho de pais pobres, morava em Luena, na capital da província de Moxico. Aos 2 anos, perdeu a visão, consequência do sarampo. Morou na rua e foi usuário de drogas.
Em 2001, quando tinha 11 anos, foi trazido ao Brasil por um convênio firmado entre os governos brasileiro e angolano para o acolhimento de refugiados da guerra civil de Angola, que durou de 1975 a 2002.
Com muito esforço, Cachinga se alfabetizou em uma escola para deficientes visuais em Curitiba, cidade onde vive desde então. Hoje, aos 31 anos, acabou de defender a sua dissertação de mestrado, que discutiu políticas de educação inclusiva, mostrando o poder de transformação da educação.