O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou fundamental para a manutenção da arrecadação de receitas em Angola a implementação de um Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) num futuro próximo.
Economistas angolanos acreditam que a medida pode ser boa, mas vai afectar os bolsos dos cidadãos.
Ricardo Velloso, chefe da missão do FMI, anunciou que as negociações com Angola para um programa de assistência vão continuar no segundo semestre deste ano, com “discussões adicionais” e o Governo para manter de manter a prudência fiscal até às eleições gerais de 2017.
Entretanto, Velloso considerou fundamental para a manutenção da arrecadação de receitas a implementação de um Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) num futuro próximo em Angola.
O economista Preciso Domingos considera que esta medida vai pesar no bolso do cidadão, mas significará também uma maior consciencialização da cidadania.
O consultor económico, Lopes Paulo também diz que o cidadão terá de pagar mais, mas alerta que, pela falta de organização do comércio angolano, será uma medida difícil de implementar.
Um dos grandes problemas, segundo ele, é a falta de informatização do comércio, em que as facturas passadas à mão ainda é uma realidade.
Aquele economista lembra que existe o imposto de consumo, que poderá ser retirado com a implementação IVA, que é cobrado em todas as fases da vida, mas alerta que “não funcionará no mercado informal”.
De recordar que o chefe da missão do FMI, o economista brasileiro Ricardo Velloso, admitiu em conferência de imprensa hoje que o apoio financeiro a Angola poderá chegar a 4,5 mil milhões de dólares para um período de três anos