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Israel em dia de eleições apertadas


Em Israel, caso se confirmem as projecções eleitorais, a União Sionista deverá ficar com 24 a 26 lugares no Knesset, o parlamento, contra 20 a 22 do Likud. Como é tradição, a formação do Governo dependerá dos acordos políticos para assegurar uma coligação com 61 assentos parlamentares.

No último dia de campanha, Isaac Herzog acreditava ser capaz de organizar uma “Grande Coligação” e virar à esquerda, enquanto Benjamin Netanyahu assegurava que se for eleito não haverá um estado palestino.

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Segurança e economia foram os temas que marcaram esta renhida campanha, em que ontem o actual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu queimou o seu último cartucho ao tentar resgatar o voto conservador e nacionalista que se dispersou pelas várias formações da direita. Ele disse que se for eleito não haverá um estado palestino, uma afirmação que contraria o seu próprio discurso.

Para a jornalista Raquel Rachewsky Scapa, radicada em Kfar Saba, Israel, as posições estão bem extremadas.

Quanto ao comportamento dos eleitores, segurança e economia marcam também o seu voto, principalmente devido à sua localização geográfica. “Para quem vive mais a sul, junto da fronteira, e que sofreu com os ataques do Hezbolá, a segurança é o aspecto principal, enquanto quem vive mais no centro do país dá uma atenção especial à económica”, explica Scapa.

Este cenário apertado parecia impensável em Dezembro, quando Netanyahu dissolveu a coligação governamental e forçou as eleições de hoje para ultrapassar o impasse e a crise política na coligação, composta por cinco partidos centristas e de direita.

A manobra destinava-se a consolidar o seu poder: o primeiro-ministro foi claro ao explicar as suas intenções, exigindo um “claro mandato para dirigir o país”.

Mas a campanha não correu nada bem a Netanyahu que, pela primeira vez em seis anos está em risco de perder as eleições. Nos últimos meses, o primeiro-ministro viu a sua liderança contestada na rua, em manifestações de protesto, na imprensa e nos fóruns e gabinetes.

Do outro lado, Isaac Herzog e a sua coligação enfrentam os conservadores e os habitantes que vivem nas fronteiras e que não acreditam que a aliança de centro-esquerda tenha um programa de segurança capaz defender o país dos seus inimigos árabes.

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