Isabel dos Santos dos Santos quebra o silêncio afirmando que a tentativa de questionar a sua nomeação para o cargo que ocupa configura “um esquema de intrigas políticas num período pré-eleitoral e tentativas de desestabilização e de ataques difamatórios” à sua vida privada.
O líder da Associação Mãos Livres, Salvador Freire, diz que Isabel dos Santos não respondeu ao mais importante.
Num comunicado distribuído em Luanda, Isabel dos Santos considera não ter qualquer fundamento questionar a sua competência profissional para o exercício do cargo de PCA da Sonangol.
“O meu currículo fala por si”, disse, ao mesmo tempo que afasta qualquer possibilidade de abandonar o cargo.
“Garanto a minha determinação em conduzir com sucesso a missão que me foi confiada e levar a Sonangol a bom porto”, refere a filha de José Eduardo dos Santos.
Isabel dos Santos responde assim à deliberação do Tribunal Supremo que deu oito dias ao Presidente da República para se pronunciar sobre a nomeação da sua filha para a direcção da Sonangol, na sequência da providência cautelar de suspensão da eficácia do acto de nomeação interposta por um grupo de 12 advogados angolanos afectos à “Associação Mãos Livres”. O prazo dado pelo Tribunal Supremo terminou no passado dia 3 de Novembro conforme noticiou a Voz da América.
Entretanto o líder da Associação Mãos Livres entende que Isabel dos Santos tem o direito de fazer as afirmações que fez mas que devia responder aos questionamentos dos que contestam a sua nomeação, com base na Lei da Probidade Pública, enquanto filha do Chefe de Estado.