A empresária Isabel dos Santos classificou de falsas e infundadas as afirmações que levaram o Presidente João Lourenço a anular um decreto com contratos relativos à implementação do projecto Marginal da Corimba, aprovados em 2016 por um despacho assinado pelo ex-Presidente José Eduardo dos Santos, alegando a "sobrefacturação nos valores com serviços onerosos para o Estado".
Em comunicado, a filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos e proprietária das empresas Urbinveste e Landscape, afirma que são “falsas e infundadas as afirmações da existência de sobrefaturação nos contratos ou no âmbito dos trabalhos da obra de dragagem e construção da Marginal da Corimba, em Luanda”, bem como “também são falsas e infundadas as acusações de imoralidade ou de falta de transparência no processo das obras adjudicadas ao consorcio integrado pela empresa holandesa Van Oord Dredging and Marine Contractors BV e pela Urbinveste”.
Isabel dos Santos acrescenta ainda que o consórcio liderado pela Urbinveste apresenta o valor mais barato por metro quadrado, se comparado com projectos similares no Qatar, Dubai e Indonésia.
A empresária lamenta também o facto de a Urbinveste ser a única empresa a sair do consórcio original de construção de uma nova marginal na capital do país.
No decreto presidencial, Lourenço diz que os contratos agora anulados impunham "contra-prestações manifestamente desproporcionadas, em violação dos princípios da moralidade, da justiça, da transparência, da economia e do respeito pelo património público, subjacentes à contratação pública".