Os investidores envolvidos na transação de títulos da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum) poderão processar os facilitadores do negócio, Credit Suisse e VTB, alegadamente por os dois bancos terem retido informação crucial, noticiou a agência Reuters.
O Governo de Moçambique viu, recentemente, aceite, por investidores dos referidos títulos, a extensão da sua maturidade até 2023. Foram investidores com mais de 80 por cento dos 850 milhões de dólares das obrigações.
A troca, cujo objectivo era aliviar a pressão de Moçambique no pagamento da dívida, teve a intermediação do Credit Suisse e VTB.
A agência apurou que, na altura da negociação, os investidores não tinham a informação de que os dois bancos haviam dado empréstimos bilaterais à empresas do governo moçambicano, cujo prazo de pagamento será antes da nova maturidade acordada.
Os investidores alegam que, ao não revelar claramente os empréstimos, os bancos agiram de forma desonesta, adianta a reportagem da Reuters.
Consta que a Credit Suisse emprestou 620 milhões de dólares à Proindicus, uma empresa do governo moçambicano, que deverão ser reembolsados até 2022.
Por seu turno, o banco russo VTB disponibilizou para outra empresa do governo 520 milhões de dólares a serem devolvidos ate 2021.