Líderes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) expressam preocupação com a insurgência de um grupo alinhado ao Estado Islâmico, na província moçambicana de Cabo Delgado, e prometem apoio.
A insurgência, que iniciou em Outubro de 2017, provocou a morte de pelo menos 2.000 pessoas, e cerca de 800 mil deslocados, que dependem de ajuda humanitária, a qual se revela insuficiente.
Mokgweetsi Masisi, presidente do Botswana, disse, esta semana, que a região está empenhada em ajudar Moçambique a ultrapassar o dilema provocado pelo grupo que "continuam sem rosto, porque não sabemos quem são os líderes, não sabemos quais são as suas missões, quais são os seus objectivos”.
Entrevistado pelo EuroNews, Masisi, que dirige o órgão da SADC sobre Política e Segurança, disse que Moçambique, “além de apoio moral que lhes damos, precisa de capacidade para combater a insurreição”.
Igual posição é defendida pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que diz que se a SADC não combater os insurgentes, o conflito poderá alastrar-se a outros países.
Citado pela SABC, a rádio estatal sul-africana, Ramaphosa não apresentou o plano desse combate, argumentando que ao inimigo não se fornece detalhes de natureza sensível.
Numa situação de guerra, acrescentou Ramaphosa, não “dizes ao teu adversário que estamos a caminho, que fique preparado”.
A SADC voltará a reunir, este mês, em sessão extraordinária para continuar a procurar soluções para combater e eliminar a insurgência em Cabo Delgado.