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Instabilidade política ameaça qualificação dos “mambas” ao CAN 2025


Foto de arquivo
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Presidente da federação apela ao “patriotismo’ dos moçambicanos para garantir jogo com o Mali em dia que estão previstas mais manifestações

A instabilidade política em Moçambique poderá ter consequências catastróficas para as aspirações da seleção de futebol de se qualificar para a Copa das Nações Africanas o CAN 2025 cuja fase de qualificação entra na sua reta final sexta-feira, 15.

Com efeito, preocupada com a onda de manifestações e violência que se vem registando no país nos últimos dias, a Confederação Africana de Futebol, CAF, avisou a federação moçambicana que se não forem oferecidas garantias de segurança terá que cancelar o jogo de sexta feira em Maputo entre os “Mambas” e a seleção do Mali, averbando uma derrota à seleção moçambicana.

Novas manifestações convocadas para os dias 13, 14 e 15 de novembro colocam novamente em questão a segurança para o evento.

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Sabe-se que as autoridades moçambicanas estão a tomar medidas de segurança que poderão envolver a presença do exército para garantir a segurança durante o jogo e no acesso ao estádio do Zimpeto.

A duas jornadas do fim da fase de qualificação Moçambique e o Mali estão no topo do grupo I com oito pontos, com a Guiné Bissau à espreita pois tem quatro pontos. Em último está Eswatini com um ponto e já eliminado.

A CAF já informou a Federação Moçambicana de Futebol (FMF) que em caso de “qualquer anormalidade no que diz respeito a segurança das equipas ... a não realização do jogo, não será considerado motivo de força maior e Moçambique será sancionado com derrota”.

Para a CAF, é responsabilidade de Moçambique garantir todas as condições de segurança, inclusive que a seleção maliana se possa movimentar livremente para os treinos e que durante o jogo não deverá ocorrer qualquer situação que force a interrupção do jogo.

Muitos dos jogadores do Mali já se encontram há vários dias em Maputo.

O Secretário de Estado do Desporto, Carlos Gilberto Mendes, assegurou que há um trabalho em curso junto das entidades responsáveis pela segurança nomeadamente os Ministérios do Interior e da Defesa, para que o jogo decorra sem sobressaltos.

Não foram dados mais pormenores.

O presidente da FMF, Feizal Sidat, garantiu que todas as condições de segurança estão asseguradas para o encontro

Numa conferência de imprensa Sidat disse ter-se reunido "com o Governo, com a Secretaria de Estado do Desporto, com o Ministério do Interior" e ter recebido " garantias das entidades governamentais de que teremos segurança".

Naturalmente, sempre fomos moçambicanos, sempre fomos patriotas, e, neste momento de união e de um jogo bastante crucial, acredito que teremos tranquilidade para realizar o jogo durante esta semana”, afirmou Feizal Sidat.

Sidat apelou à tolerância e ao patriotismo do povo moçambicano, alertando para as possíveis sanções pesadas em caso de não realização do jogo.

“Gostaríamos de apelar à responsabilidade, à tolerância e ao patriotismo de todos os moçambicanos, pois, caso este apelo não seja atendido, o nosso país poderá ser sancionado pela CAF com uma derrota e uma multa pesada, já que estamos dentro da data FIFA e não é mais possível informar à Confederação que o jogo deve ser realizado fora do nosso país", disse.

"Estamos, portanto, sujeitos a comprometer a qualificação da nossa seleção”, avisou Sidat.

Moçambique encerra a fase de grupos na próxima terça-feira num jogo contra a Guiné-Bissau.

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