O Partido de Renovação Social (PRS) continua a enfrentar dificuldades para indicar, sem ser por via de um congresso, o seu cabeça-de-lista às eleições de 23 de Agosto, numa altura em que faltam pouco menos de duas semanas para o fim do prazo para a formalização das candidaturas junto do Tribunal Constitucional (TC).
Por agora, a ideia da indicação directa da figura que deverá liderar a lista de deputados é rejeitada por Sapalo António, um dos três concorrentes à substituição de Eduardo Kuangana.
António sugere a antecipação do congresso, previsto para finais deste mês, afirmando ser esta a única forma capaz de evitar que a figura a ser encontrada não reúna o consenso da maioria dos militantes do partido.
O candidato considera que a proposta da indicação directa é suportada pelo actual presidente e pelo secretário-geral com o objectivo de reconduzir Eduardo Kuangana na direcção do PRS sem os votos dos militantes de base.
“O congresso leva apenas dois ou três dias a ser realizado e já conversei com a comissão preparatória sobre o assunto”, disse.
Na semana passada, o porta-voz do congresso, Manuel Muxito, tinha remetido para a direcção partidária a decisão sobre o assunto e garantiu que o PRS vai formalizar a candidatura antes do dia 20 de Maio.
Concorrem à liderança partidária, o actual secretário-geral Benedito Daniel, o antigo líder da bancada parlamentar do PRS, Sapalo António e o ex-secretário geral João Baptista Ngandagina.