Os meios de comunicação social sírios afirmaram que um ataque de um drone israelita matou duas pessoas na província de Quneitra, nos Montes Golã controlados pela Síria, dias depois de grandes ataques noutros locais do país.
“Dois cidadãos foram martirizados devido a um ataque de um drone israelita que atingiu um veículo civil com um míssil” na estrada Damasco-Quneitra, informou a agência noticiosa oficial SANA.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um observador da guerra, afirmou que “um ataque aéreo israelita visou um veículo” na mesma estrada e referiu dois mortos, um deles “militar”.
Uma fonte de segurança local disse à AFP que “dois corpos carbonizados foram retirados” do veículo visado.
O exército israelita ainda não se pronunciou sobre o ataque.
Israel tomou grande parte dos Montes Golã à Síria em 1967 e anexou-os mais tarde, numa ação em grande parte não reconhecida pela comunidade internacional.
O ataque de quinta-feira ocorreu dias depois de ataques atribuídos a Israel terem matado 18 pessoas na província central de Hama, de acordo com as autoridades sírias.
O Observatório disse que esses ataques mataram 27 pessoas, incluindo seis civis, e visaram uma “área de investigação científica” e outros locais na zona de Masyaf, na província.
Israel não quis comentar estes ataques.
Nos últimos meses, o Hezbollah tem visado repetidamente posições militares no Golã israelita, no âmbito de ataques a partir do Líbano em apoio ao aliado Hamas, na sequência do ataque do grupo militante palestiniano a Israel, em 7 de outubro, que desencadeou a guerra de Gaza.
A Síria tem procurado manter-se afastada do conflito entre Israel e o Hamas, cujas consequências têm suscitado receios de uma guerra regional mais vasta.
Desde outubro que ataques limitados com foguetes a partir da Síria, por parte de combatentes aliados do Hezbollah, têm tido como alvo o Golã, sob controlo israelita.
Desde o início da guerra civil na Síria, em 2011, Israel levou a cabo centenas de ataques no país, visando sobretudo posições do exército e combatentes apoiados pelo Irão, incluindo o Hezbollah libanês.
As autoridades israelitas raramente comentam os ataques individuais na Síria, mas têm afirmado repetidamente que não permitirão que o arqui-inimigo Irão expanda a sua presença naquele país.
Os ataques israelitas na Síria aumentaram após o ataque do Hamas em 7 de outubro e abrandaram um pouco depois de um ataque de 1 de abril, atribuído a Israel, ter atingido o edifício consular iraniano em Damasco, provocando o primeiro ataque direto do Irão contra Israel
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