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Imprensa estatal angolana não é independente, dizem especialistas


Não há mudanças na imprensa angolana

O actual modelo de comunicação social em Angola dificulta a abertura democrática que se pretende e o combate à corrupção que o Presidente João Lourenço quer levar a cabo em Angola, diz o professor universitário Fernando Macedo.

O especialista da Universidade Lusíada de Angola entende que João Lourenço continua a beneficiar-se do figurino anterior da comunicação social imposto por Jose Eduardo dos Santos em que os jornalistas actuavam como activistas das campanhas do partido no poder.

Imprensa estatal continua amarrada ao governo angolano, dizem criticos -2:30
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"Não acredito que com o modelo que temos a Comunicação Social continuando sob tutela do governo possa fazer algo no combate a corrupção”, disse Macedo.

Outro professor e também jornalista Carlos Rosado de Carvalho diz recear que João Lourenço se transforme aos olhos imprensa actual num segundo José Eduardo dos Santos.

"Para a comunicação social pública João Lourenço é um deus, nunca é criticado, tudo que vem dele é bom, acho que assim não vamos lá e receio que ninguém possa dizer nada contra ele porque toda a critica é falta de respeito ao chefe", denunciou Rosado de Carvalho.

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos concorda com os analistas.

O presidente Teixeira Cândido afirmou que enquanto for o executivo a nomear os dirigentes dos meios de informação estatais não haverá isenção.

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