Importadores ameaçam cortar o fornecimento de medicamentos aos hospitais públicos. Motivo: Dificuldades na transferência de dinheiro e o Governo não paga o que lhes deve há um ano.
Enquanto o Ministério da Saúde admite que a ruptura poderá ser iminente, o Sindicato dos Enfermeiros de Luanda diz que a falta de materiais gastáveis e de biossegurança é já um facto há vários meses.
O seu responsável Afonso Kileba disse à VOA que a falta de medicamentos já esteve na origem de uma reivindicação que até ao momento não foi atendida pela entidade empregadora.
O Ministério de Saúda previa realizar na última semana uma reunião de emergência com o Ministério das Finanças e fornecedores para travar ‘cortes radicais’.
Segundo o semanário “Nova Gazeta”, o Banco Nacional de Angola havia definido que a importação de medicamentos seria uma das prioridades no provimento de divisas, mas tal não tem sido cumprido
O director nacional de Medicamentos e Equipamentos do Ministério da Saúde, Boaventura Moura, foi citado pelo jornal como tendo conhecimento das dificuldades enfrentadas pelas importadoras.
Moura justificou o problema como sendo uma “consequência conjuntural” do contexto do país. Reconheceu haver processos que desde o ano passado não têm resposta dos bancos.