Proibição da importação de produtos de origem animal está a dividir as opiniões entre os produtores angolanos.
A partir da próxima semana as autoridades angolanas podem pôr termo à importação de partes de carnes bovina, suína e aves, justificando a medida com a necessidade de promover a produção nacional.
Um comunicado do Ministério da Agricultura e Florestas datado de 12 de Fevereiro, dá conta que a partir de 15 de Março, não serão emitidas licenças para importação dos referidos produtos, assim como deixam igualmente de ser emitidas licenças para importação de partes de gado bovino, de galinha e de porco a partir de 31 de Julho do corrente ano.
Entretanto, fontes contactadas pelo Jornal Expansão afirmam que esta decisão do governo angolano contraria as regras do comércio internacional negociadas na organização mundial do comércio e pode originar novas queixas e disputas comerciais entre Angola e os países membros que mais exportam para o mercado nacional.
As mesmas fontes confirmam que os regulamentos negociados no seio da organização mundial do comércio não permitem as proibições quantitativas das importações.
Estudos realizados indicam que existem apenas 12 grandes produtores agroindústrias avícolas no país e 120 pequenas médias empresas no sector. No entanto, a capacidade instalada de produção avícola em Angola está estimada em apenas 30 mil toneladas por ano.
Ainda assim, o país prevê aumentar, a curto prazo, a produção de carne de frango de 10 mil toneladas por ano para cerca de 300 mil toneladas, para atender o mercado interno.
Ouça a reportagem com a participação do secretário de Estado para as florestas, João da Cunha, o presidente da Associação de Avicultores da província de Benguela, Jamir Campos, e o economista Heitor Carvalho.
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