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Impasse político em São Tomé e Príncipe


Partidos querem remodelação governamental, mas primeiro-ministro faz ouvidos de mercador.

O primeiro-ministro são tomense está a manter o silêncio em relação à remodelação governamental exigida pelos três partidos que dão sustentabilidade parlamentar ao seu governo.

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Num discurso por ocasião das festas do Natal, Gabriel Costa, dirigente de um partido sem representação parlamentar - e escolhido pelo Presidente da República em Dezembro do ano passado para chefiar o XV governo do país - preferiu não falar da remodelação governamental recomendada pelos partidos que sustentam o executivo.

Cerca de 20 dias depois Gabriel Costa falou pela primeira vez sobre a decisão dos partidos que apoiam o seu governo de suspender os trabalhos de análise e discussão do orçamento geral do estado para 2014. Para o primeiro-ministro esta opção não pode ser vista com algo que comprometa o futuro de São Tomé e Príncipe.

Sobre a remodelação governamental exigida pela interpartidária ao primeiro-ministro nenhuma referência. Mas, Gabriel Costa aproveitou o seu discurso por ocasião do Natal e deixou o recado de que o país precisa de estabilidade para vencer os desafios do futuro.

Entretanto a interpartidária, integrada pelo MLSTP-PSD, PCD e MDFM-PL, através do porta-voz Américo Barros garante que já está acordado com o primeiro-ministro que a remodelação governamental será feita no início do próximo mês de Janeiro.

No meio desta contradição política entre o chefe do Governo e os partidos que garantem a sua sustentabilidade parlamentar, o ministro das Obras Públicas, Infra-estruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente, que já havia posto o seu cargo à disposição do seu partido o MLSTP-PSD, fez marcha atrás na sua decisão. Em entrevista à televisão são tomense Osvaldo Abreu diz agora que já não pretende deixar o cargo.
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