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Imigrantes pedem simplificação de processos às autoridades cabo-verdianas


Cidade da Praia, Cabo Verde
Cidade da Praia, Cabo Verde

Em causa, a livre circulação na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental

No mês dedicado à África, os imigrantes africanos radicados em Cabo Verde apelam a uma maior flexibilidades das autoridades do arquipélago no que se refere à obtenção e renovação da residência.

Imigrantes pedem simplificação de processos às autoridades cabo-verdianas
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Com a integração na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o arquipélago tem vindo a receber ao longo dos anos cidadãos oriundos de países da sub-região, nomeadamente do Senegal, Guiné Connacry, Nigéria, Serra Leoa e Libéria.

As relações entre Cabo Verde e o Senegal são antigas, com Dakar a acolher uma significativa comunidade cabo-verdiana, que se encontra bem integrada.

Nessa linha, os senegaleses residentes no arquipélago esperam ter uma atenção particular das autoridades cabo-verdianas na obtenção de residência.

Apesar de algumas atitudes discriminatórias por parte determinadas pessoas, Massul Guey afirma sentir-se bem em Cabo Verde.

Este senegalês que já leva 17 anos no arquipélago, a maioria dos quais a residir na ilha de Santiago, reclama das dificuldades enfrentadas pelos imigrantes para a renovação da residência.

“Pedem-nos muitas coisas, considero que são exigências que não podemos atender, daí apelarmos para a simplificação do processo, por entender que somos irmãos e os nossos países possuem longas e excelentes relações de cooperação”, avança Massul Guey.

Por seu lado, o nigeriano Fabian Neguene, 22 anos a viver em Cabo Verde, afirma que cada pessoa deve tentar se adaptar à realidade do país que procura para viver.

O proprietário de uma loja de peças para carros considera que o imigrante deve “em primeiro lugar cumpriras normas locais”.

Sobre as dificuldades apontadas, o ministro dos Negócios Estrangeiros desdramatiza a situação, alegando que as mesmas não se resumem apenas aos imigrantes africanos, porquanto há também queixas de europeus e de outras latitudes.

Luís Filipe Tavares afirma que o Governo tem as preocupações em devida conta e que está a trabalhar para resolver os problemas que possam existir.

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