O decreto presidencial ilegalizando várias confissões religiosas vai criar um novo problema, advertiu Pedro Boaventura da Ordem dos Pastores Angolanos.
Boaventura disse que a entrada em vigor do decreto vai afectar “acima de mil igrejas” o que irá afectar “acima de dois ou três milhões de pessoas” congregadas nessas igrejas.
“Ao perderem a liberdade de se poderem congregar automáticamente estamos a criar um outro problema a no seio da própria sociedade”, disse Pedro Boaventura que criticou as condições impostas para a legalização das igrejas nomeadamente a angariação de 100.000 assinaturas algo que disse “ser quase impossível” devido ao tamanho do país e custos para tal.
Mesmo uma nova proposta de lei que sugere 60.000 assinaturas é ainda “excessiva”, disse o dirigente da Ordem dos Pastores para quem o exemplo de outros países leva a que proponha apenas 500 membros para que uma confissão religiosa “ganhe personalidade jurídica”.
Ouça também a opinião o pastor Acúrcio Esteves, Francisco de
Castro Maria, director do instituto angolano de assuntos religiosos e o
sociólogo Heitor Simões.