A situação de pobreza a que estão voltadas grandes comunidades no interior da província da Huíla e do Namibe deixa preocupada a Igreja Católica.
A comissão de justiça e paz da Arquidiocese do Lubango apresentou o relatório de 2013 sobre a avaliação da pobreza das localidades de Kassenje e do bairro de Cambulo respectivamente municípios de Caconda e Matala e bairro 4 de Março na diocese do Namibe.
Apesar de alguns sinais de melhorias, o relatório revelou existir nestas comunidades grandes fragilidades no domínio dos serviços sociais básicos como saúde, educação, água, luz e vias de acesso.
Para o assistente eclesiástico da comissão arquidiocesana de justiça e paz do Lubango, padre Manuel Teixeira José, a Igreja considera o apostolado social como parte integrante da sua missão evangelizadora.
Segundo o sacerdote o documento é um contributo na efectivação da paz: “Este relatório tem como propósito informar a sociedade sobre a aplicação da avaliação participativa da pobreza nas zonas mais distantes das sedes municipais da província da Huíla e Namibe. Embora seja uma experiência nova para a realidade do nosso país, em geral, e da região sul, em particular, consideramos um importante passo dado para aquilo que a Igreja pretende como seu contributo na efectivação da paz”.
Por seu lado, o arcebispo emérito do Lubango, Dom Zacarias Kamwenho, manifestou a preocupação com a pobreza nas zonas mais recônditas, reconhecendo ser uma realidade palpável: “Sabemos que a pobreza sobretudo nos pontos mais recônditos é uma realidade palpável. Já não falamos de luz nem de água potável, não falamos de estruturas sanitárias até estruturas escolares por vezes não existem. E então, vamos deixar o povo assim? A igreja diz que não, temos que ir até junto das comunidades”.
Para o Conselho de Igrejas Cristãs em Angola(CICA), que desenvolve projectos semelhantes no norte de Angola, deve-se reconhecer os esforços do Governo na recuperação de infra-estruturas sociais.
A secretária geral do CICA Deolinda Dorcas Teka disse que o trabalho de monitoria A secretária geral do CICA, Deolinda Dorcas Teka, disse que o trabalho de monitoria social das políticas públicas tem quatro anos e promove a cidadania participativa.