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Human Rights Watch pede responsabilização no caso Cassule e Kamulingue


Kamulingue e Cassule
Kamulingue e Cassule
Em Angola o principal partido da oposição convocou para este sábado manifestações para protestar contra o rapto, tortura e assassínio de dois activistas.

A Human Rights Watch obteve o que classifica de documentos autênticos implicando responsáveis pelos assassinatos – e apelou ao governo para responsabilizar os autores.

Angola tem atravessado, nos últimos dois anos, um período de agitação política, durante os quais uma serie de manifestações de pequena escala contra o presidente Jose Eduardo dos Santos, que governa o país desde 1979.

O principal partido da oposição espera pressionar o presidente, apos as alegações de que forças do governo foram responsáveis pelo desaparecimento e morte de dois activistas políticos.

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A UNITA apelou a manifestações neste sábado após noticias terem relacionado o serviço de segurança interna com o rapto, a tortura e a morte dos activistas em Maio de 2012.

Os dois indivíduos conduziam uma campanha para o pagamento das pensões dos veteranos de guerra.

Leslie Lefkow, a vice directora da divisão africana da Human Rights Watch refere que os detalhes dos documentos divulgados coincidem com as informações que a organização tem publicado.

Segundo ela, os activistas foram raptados pelas forças dos serviços secretos de Angola, torturados e assassinados, poucos dias depois da sua captura, tendo os corpos sido destruídos.

O governo não desmentiu as notícias, tendo mesmo anunciado uma investigação e detido quatro agentes. A semana passada o presidente demitiu o director dos serviços secretos.

Apesar de tudo, a UNITA apelou a José Eduardo dos Santos para se demitir das funções presidenciais.

Elias Isaac, o director do grupo pro democracia Open Society, sustenta que os problemas de Angola remontam há mais de uma década.

Issac acusa o partido governamental de não ter vontade politica para fazer face às necessidades dos pobres em Angola para conduzir o país para a democracia.

Leslie Lefkow da Human Rigths Watch apelou aos manifestantes para se manterem pacíficos, e ao governo para demonstrar contenção.

A representante da Human Rights Watch acrescenta que a comunidade internacional tem um papel importante a desempenhar, especialmente quando o governo de Angola parece estar preocupado com a melhoria da sua imagem.
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