A Human Rights Watch (HRW) pede às autoridades moçambicanas uma investigação imparcial e transparente à suspeita morte sob custódia policial do empresário sul-africano Andre Hanekom.
O empresário, detido por alegado envolvimento em ataques armados na província nortenha de Cabo Delgado, faleceu a 23 de Janeiro no Hospital Provincial de Pemba, cinco dias depois de ter sido transferido da prisão com violentas convulsões.
A esposa de Hanekom, Francis, disse à HRW que naquele dia os seus amigos informaram que o marido havia morrido.
Ela foi ao hospital, onde os funcionários disseram que a morte aconteceu depois da falência de órgãos.
Francis Hanekom disse que a equipa do hospital realizou uma autópsia sem a presença de um membro da família ou seu representante.
"A morte de Hanekom sob custódia levanta questões que precisam de uma investigação rápida e completa por parte das autoridades", afirma Dewa Mavhinga, director da Human Rights Watch na África Austral.
Ele acrescenta que "as autoridades devem explicar a causa da morte de Hanekom e fornecer os detalhes e o relatório da autópsia à família."
Hanekom, 62 anos, era dono de uma empresa de logística marítima na região norte de Cabo Delgado, em Moçambique, onde está em desenvolvimento um dos maiores projectos mundiais de gás natural