A justiça do Egipto autorizou a libertação do ex-Presidente de Hosni Mubarak, afirmou o advogado dele nesta segunda-feira, 13, de acordo com a agência France Presse.
A principal corte de apelações do país o considerou inocente no caso do assassinato de manifestantes durante a revolta de 2011, que o tirou do poder após 30 anos, segundo a Reuters.
Mubarak, de 88 anos, havia sido condenado à prisão perpétua em 2012 por conspirar para assassinar 239 manifestantes, semeando o caos e criando um vácuo de segurança durante uma revolta de 18 dias iniciada em Janeiro de 2011.
As vítimas morreram num confronto das forças de segurança semanas antes de Mubarak ser forçado a deixar o poder.
Um tribunal de apelação ordenou a organização de um novo julgamento, mas a procuradoria apelou da decisão e decidiu mais uma revisão na maior corte de apelação do país.
No julgamento do início de março, Mubarak e o seu ministro do Interior foram acusados de providenciar veículos e armas usados para atacar os activistas e de não adoptar acções para evitar mortes.
Numa cadeira de rodas dentro da jaula dos réus e sem seus óculos escuros característicos, ele respondeu: "Isso não aconteceu".
O tribunal também rejeitou as demandas dos advogados das vítimas para reabrir acções civis, não deixando nenhuma opção para apelação ou novo julgamento.
Muitos egípcios que viveram durante o Governo Mubarak o veem como um período de autocracia e capitalismo de compadrio, de acordo com a Reuters.
A ua queda propiciou a primeira eleição livre do Egipto, mas o Presidente islâmico Mohamed Mursi foi deposto depois de um ano pelo então comandante do Exército, Abdel Fattah al-Sisi, que posteriormente venceu a eleição presidencial em 2014