Uma nova crise política teve início em Hong Kong na noite deste domingo, 9 de Junho, após milhares de pessoas terem ido às ruas para desafiar uma proposta de lei de extradição que permitiria o envio de suspeitos para enfrentar julgamento na China.
Após sete horas de manifestação, os organizadores estimavam que um milhão e 30 mil pessoas participaram, ultrapassando de longe um protesto com quase metade desse tamanho que tomou as ruas em 2003 e teve êxito ao impedir planos do governo para leis de segurança nacional mais severas.
O movimento deste domingo já aumentou a pressão sobre a administração da chefe executiva de Hong Kong, Carrie Lam, e seus apoiantes oficiais em Pequim.
No comício em frente ao parlamento, James To, congressista do Partido Democrático, apelou à renúncia de Carrie Lam.
A marcha que iniciou de forma pacífica foi contudo aumentando de tensão à medida que mais gente se juntava aos protestos.
Carrie Lam ainda não fez comentários sobre a manifestação e o futuro do projecto, que deve ser debatido no Conselho Legislativo na quarta-feira e tem até final de Junho para ser aprovado.
Lam alterou emendas do projeto, mas recusou-se a retirá-lo de pauta, dizendo que ele é vital para consertar uma “brecha” de longa data.