Os habitantes da capital de Moçambique, Maputo, estão sem sossego, nomeadamente em alguns bairros periféricos devido aos chamados "homens-catana", que, mesmo em plena luz do dia, atacam os cidadãos.
Eles agridem e roubam, de forma descarada e os munícipes estão em pânico.
O fenómeno está a espalhar-se por quase todo o país.
Em Nacala, são conhecidos por Grupo 15, em Nampula, por Grupo 20, em Lichinga, na Beira e na cidade de Chimoio por Macatanas e, agora, aqui, Maputo não há uma designação específica, mas, sabe-se, que eles estão a fazer estragos, a espalhar o terror nas zonas suburbanas de Maputo.
São homens que, munidos de catanas, assaltam, agridem e matam.
A vítima mais recente foi um serralheiro, de 42 anos, residente no Bairro KaMaxaquene D.
O assalto foi no sábado, às 13 horas, numa rua, perto de casa.
Nelson Guiamba, 42 anos, pai de 3 filhos, escapou com vida porque gritou e os seus atacantes fugiram.
Guiamba foi imediatamente levado ao Hospital onde recebeu pontos, na cabeça.
Outra vítima, Fernando Silvestre, 32 anos de idade, casado e pai de 3 filhos, diz que a intenção dos homens-catana era mesmo de o matar.
O medo é muito e é a palavra que mais se ouve nas zonas periféricas de Maputo.
Ninguém dorme sossegado, em particular nos Bairros Polana Caniço e KaMaxaquene.