O vice-presidente da Assembleia Geral da recém-criada organização não governamental Handeka, Luaty Beirão, disse que os angolanos devem sonhar com a harmonia e justiça social.
“É um sonho, é utopia mas mal de nós se não sonharmos", disse Beirão, depois de Handeka ter eleito no fim-de-semana os seus corpos sociais e um programa de acção de dois anos, com 12 pontos fundamentais.
Handeka, que na língua nacional nganguela quer dizer “Oh, tu sem voz, fale!” dá corpo a uma nova associação cívica que na essência pretende devolver a liberdade de expressão e a participação de todos no exercício da cidadania, dando voz aos que não a possuem.
A associação preencheu os seus órgãos sociais: Alexandra Simeão, antiga vice-ministra da educação é a presidente de direção, co-adjuvada pelo jornalista Mário Paiva, tendo como secretário-geral o activista Mbanza Hanza.
Na mesa da Assembleia Geral, o sindicalista e professor Manuel de Victoria Pereira é o presidente, Luaty Beirão, outro integrante do grupo dos 17 activistas é o vice-presidente.
O programa de actividades para os dois próximos anos é preenchido por 12 pontos, com destaque para campanhas a favor do registo civil, educação primária, combate ao medo, a corrupção e a fiscalização das eleições de 2017, entre outras.
A Handeka tenciona trabalhar com outras associações e sobretudo com o próprio poder instituido, apontando os pontos menos bons e sugerindo caminhos a seguir.