O grupo palestiniano Hamas disse hoje que decidiu dissolver a sua administração da faixa de Gaza concordando com a realização de eleições.
Com a economia de Gaza à beira do colapso e apenas quatro horas de eletricidade por dia, o Hamas disse que vai permitir de imediato que um governo de unidade chefiado pelo presidente palestiniano Mahmoud Abbas assuma o controlo do enclave.
A decisão foi anunciada após conversações no Cairo com elementos dos serviços secretos egípcios envolvendo representantes do Hamas e da al Fatah de Mahmoud Abbas que governa na margem ocidental do Jordão.
Um porta-voz do Hamas disse que este movimento tinha aceite as exigências de Abbas como um sinal de boa vontade para a reconciliação.
O comité administrativo foi dissolvido, disse o porta-voz que acrescentou que o governo de Abbas “pode deslocar-se para Gaza para assumir as suas responsabilidades e deveres”.
Uma porta-voz da al Fatah disse que vão ainda realizar-se conversações para acordar nos detalhes do acordo.
O Hamas governa a faixa de Gaza desde 2007 depois de uma pequena guerra civil com a Al Fatah.
Israel tem mantido um bloqueio do enclave e o Egitpo encerrou a maior parte das suas fronteiras com o território. Recentemente as autoridades palestinianas na Margem Ocidental deixaram de pagar pela maioria da electricidade da Faixa de Gaza – que vem de Israel – para forçar o Hamas a um acordo.
Sondagens indicam que no caso de eleições o Hamas poderá vencer tanto na Faixa de Gaza como na Margem Ocidental do Jordão.