O Hamas acusou Israel de cometer uma "grave violação" do cessar-fogo na Faixa de Gaza depois de um ataque aéreo ter morto três polícias no sul do território palestiniano, no domingo, 19.
"O bombardeamento pérfido levado a cabo por um drone sionista esta manhã a leste da cidade de Rafah, tendo como alvo polícias responsáveis por garantir a entrada de ajuda (humanitária), é considerado uma violação grave do acordo de cessar-fogo" em vigor desde 19 de janeiro após 15 meses de guerra, declarou o movimento palestiniano em comunicado.
O exército israelita disse que o ataque teve como alvo vários indivíduos armados que se deslocavam em direção às forças posicionadas perto da área e "foram identificados alguns ataques". O comunicado apelou a todos os residentes de Gaza para que sigam as instruções do exército e se abstenham de se aproximar das tropas israelitas posicionadas na zona.
Netanyahu ameaça abrir os "portões do inferno"
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ameaçou no domingo abrir os "portões do inferno" na Faixa de Gaza se todos os reféns não fossem libertados, sublinhando a frente comum israelo-americana ao fazer eco de uma frase utilizada pelo presidente Donald Trump.
"Temos uma estratégia comum, cujos detalhes não podemos revelar ao público, incluindo como se abrirão as portas do inferno, como certamente acontecerão se todos os nossos reféns não forem libertados, sem exceção", disse Netanyahu numa conferência de imprensa após uma reunião com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Jerusalém.
"Vamos eliminar a capacidade militar e o poder político do Hamas em Gaza", onde o movimento islamista palestiniano tomou o poder em 2007, acrescentou, e "vamos trazer todos os nossos reféns para casa e garantir que Gaza nunca mais representa uma ameaça para Israel".
No ataque sem precedentes do Hamas, a 7 de outubro de 2023, em Israel, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, 251 pessoas foram raptadas e levadas para território palestiniano. Hoje, 70 deles continuam ali reféns, de acordo com o exército israelita.
Após 15 meses de guerra, entrou em vigor uma trégua a 19 de janeiro. Desde então, 19 reféns israelitas foram libertados em troca de mais de mil prisioneiros palestinianos libertados por Israel.
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