Piratas informáticos chineses acederam às redes de fornecedores de banda larga dos Estados Unidos e obtiveram informações de sistemas que o governo federal utiliza para escutas telefónicas autorizadas pelo tribunal, noticiou o The Wall Street Journal no sábado, 5.
A Verizon Communications, a AT&T e a Lumen Technologies estão entre as empresas de telecomunicações cujas redes foram violadas pela intrusão recentemente descoberta, disse o jornal, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
Os piratas informáticos poderão ter conseguido acesso durante meses à infraestrutura de rede utilizada pelas empresas para cooperar com os pedidos de dados de comunicações autorizados pelos tribunais norte-americanos, refere o The Wall Street Journal, acrescentando ainda que os piratas informáticos também acederam a outras parcelas do tráfego da Internet.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China respondeu no domingo que não tinha conhecimento do ataque descrito no relatório, mas disse que os Estados Unidos tinham “inventado uma falsa narrativa” para “incriminar” a China no passado.
“Numa altura em que a segurança cibernética se tornou um desafio comum a todos os países do mundo, esta abordagem errónea só irá dificultar os esforços da comunidade internacional para enfrentar conjuntamente o desafio através do diálogo e da cooperação”, afirmou o ministério num comunicado enviado à Reuters.
Pequim já negou anteriormente as alegações do governo dos EUA e de outros países de que utilizou hackers para invadir sistemas informáticos estrangeiros.
A Lumen Technologies não quis comentar, a Verizon e a AT&T não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.
Segundo o Journal, o ataque foi levado a cabo por um grupo de piratas informáticos chineses com o objetivo de recolher informações. Os investigadores norte-americanos apelidaram-no de “Salt Typhoon”.
No início deste ano, as autoridades norte-americanas desativaram um importante grupo de piratas informáticos chineses, apelidado de “Flax Typhoon”, meses após terem confrontado Pequim com uma campanha de espionagem cibernética denominada “Volt Typhoon”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China afirmou na sua declaração que as agências de cibersegurança de Pequim tinham encontrado e publicado provas que demonstravam que o Volt Typhoon tinha sido encenado por “uma organização internacional de ransomware”.
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