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Habitantes de Malanje denunciam situação precária


Inundações, lixo e falta de água potável são o dia-adia enquanto se aguarda por reassentamento

Em Malanje centenas de moradores dos bairros Kafukufuku, Caxito e Camoma limítrofes ao rio Malanje vivem numa situação perigosa, quer em termos físicos, quer em termos de saúde.

Casas são frequentemente destruídas pelas águas do rio e residuais que saem do centro da capital e arredores.

A água para consumo é imprópria, não há energia eléctrica para todos e o lixo é abundante

Zeferino Simão, residente ribeirinho há mais de 30 anos, disse que há mais de quatro anos que a Administração Municipal sinalizou as casas para serem removidas, mas até agora nada mudou.

“Viver aqui próximo do rio é um perigo, quando vêm as chuvas as pessoas ficam com o coração no ar”, disse, por outro lado, Eugénia Maurício que apontou também as águas residuais que vêm da cidade.

Conceição Gerente disse que “estamos a viver mesmo mal, estamos a dormir em cima da água”.

As doenças são muitas e os moradores dizem não encontrarem outra solução senão beber água suja.

As crianças são as principais vítimas das enxurradas por falta de locais para ocupação dos tempos livres.

“O dia-a-dia está muito mal, aqui depois temos lixeira aqui atrás, está mesmo mal. As crianças brincam lá, há doenças e infecções, está ma”, disse uma residente

Os habitantes só serão evacuados quando terminarem as obras das 500 casas sociais em construção no bairro Carreira de Tiro, o que não poderá satisfazer aqueles populares com mais de uma residência.

Habitantes de bairro a sul de Malanje em situação precária - 2:31
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O soba do bairro Caxito, José Pana, desconhece o número exacto de pessoas a serem evacuadas.

Soba José Panda
Soba José Panda

“Do nosso bairro penso em mil e tal pessoas”, admitiu.

O administrador municipal de Malanje, João de Assunção, garantiun esta segunda-feira, 7, que de momento não há qualquer movimento, mas serão evacuadas de forma faseada de mais de 800 famílias quando iniciarem as obras de desassoreamento do rio Malanje.

O despejo dos moradores de Kafukufuku, Caxito e Camoma deve levar a empreiteira China CAMC Engineering Co-Limitada ainiciar com as obras de desassoreamento do rio Malanje.

As obras estão avaliadas em cerca de dois mil milhões de kwanzas.

População que vive nas margens do rio Malanje corre risco de perder as suas casas
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