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Guterres pede reformas na ONU e que os líderes ouçam o clamor dos povos


António Guterres desafia líderes mundiais
António Guterres desafia líderes mundiais

Em artigo na revista Newsweek, secretário-geral apresenta a Síria como exemplo de um conflito com consequências a nível global.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um artigo de opinião na revista Newsweek no qual pede aos líderes mundiais a implementarem reformas profundas na organização e a ouvirem o clamor de seus povos.

António Guterres afirma que não existem vencedores nas guerras actuais e citou o conflito na Síria que desestabiliza toda a região do Médio Oriente, com efeitos em todo o mundo.

Ele pediu que o Conselho de Segurança exerça o seu papel.

“Um conflito que ocorre num país e que cria instabilidade à escala global. Anos de combates brutais levaram caos a uma região inteira, com tremores sentidos ao redor do mundo. Décadas de desenvolvimento económico foram revertidas. Vários milhões de crianças e de jovens estão expostos agora ao ciclo da privação, do subdesenvolvimento, da radicalização e do conflito”, escreve o novo secretário-geral que pede que 2017 seja o ano para a paz.

O líder da ONU diz ser a hora de aumentar a diplomacia de prevenção de conflitos e de promover a resolução dos conflitos e guerras em curso.

“A ONU e eu, pessoalmente, estamos prontos para actuar na resolução de conflito em qualquer parte e em qualquer momento que possamos ajudar e ser úteis”, continua Guterres, esclarecendo que o Conselho de Segurança "tem que cumprir com suas responsabilidades."

O secretário-geral defende, por outro lado, que a organização precisa passar por reformas que ajudem os países-membros a alcançarem os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

“Para que a ONU alcance o seu propósito e o seu potencial, ela também tem que mudar. É hora de nós reconhecermos as nossas deficiências e transformarmos a forma como trabalhamos”, escreve Guterres, reiterando o compromisso assumido por ele de promover uma maior presença de mulheres nas Nações Unidas.

“É hora de lembrarmos dos valores da nossa humanidade comum, dos valores que são fundamentais a todas as religiões e que formam a base da Carta da ONU: paz, justiça, respeito, direitos humanos, tolerância e solidariedade”, concluiu o secretário-geral das Nações Unidas no texto publicado na revista Newsweek.

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