O Presidente da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló acusou o parlamento de ser ele próprio responsável pela sua decisão de o dissolver enquanto o líder da oposição Domingos Simões Pereira exigiu esclarecimento dos tiroteios do caso 1 de Dezembro, tido, na altura, como base para derrubar a Assembleia Nacional Popular.
O Presidente guineense durigiu-se a Nação por ocasião do Ano Novo o Presidente guienense, Umaro Sissoc Embaló, deu mais ênfase aquilo que qualificou de “capital politico e diplomático” da Guiné-Bissau em 2023, com maior destaque na “projeção externa do país”:
“Importa lembrar que o ano que ora finda, beneficiou de um considerável capital politico e diplomático, que foi o legado do ano de 2022”, disse o president quem “ps ganhos, então, acumulados foram muito importantes quer na projeção externa do nosso País, quer ainda na implementação da agenda política que eu prometi aos guineenses: a transformação positiva da Guiné-Bissau”
Contudo, o Presidente da República reconheceu que o ano de 2023 não foi um ano fácil mencionando a guerra na Ucrânia como sendo responsável por “ uma subida generalizada de preços dos produtos de primeira necessidade”.
“Na Guiné-Bissau, a consequência foi uma diminuição do poder de compra dos guineenses mais vulneráveis”, disse opresidentes que acrescentou que “também no ano de 2023, a campanha de comercialização da castanha de cajú, nosso principal produto de exportação, não correu bem”.
Sobre a vigente crise politica, resultante da recente dissolução do Parlamento, o Chefe de Estado guineense, aproveitou para justificar, uma vez mais, os motivos da sua decisão.
“Foi no decurso do debate parlamentar do Orçamento Geral do Estado que foi quebrada a relação institucional que deve existir entre o Parlamento e o Executivo e foi assim que, a partir da própria Assembleia Nacional Popular, foi desencadeado o que viria a tornar- se uma “grave crise política”, iniciada por um escândalo financeiro do Executivo”, disse
Contudo, Umaro Sissoco Enbaló, vê o 2024 com optimismo e prometeu que os projetos “a serem realizados em diferentes areas de governação terão sempre o meu olhar atento, empenhado e rigoroso”.
“Enquanto Presidente da República estarei sempre na linha da frente na defesa dos valores da democracia, da justiça e da liberdade”, acrescentou
Enquanto isso, Domingos Simões Pereira, Presidente do Parlamento, líder do PAIGC e Coordenador da Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), vencedora das ultimas eleições legislativas, exige o esclarecimento dos tiroteios do caso 1 de Dezembro, tido, na altura, como base para derrubar a Assembleia Nacional Popular. Simões Pereira destacou que história foi mal contada e que é preciso um inquérito profundo para esclarecer o caso:
“Queremos que haja um inquérito muito profundo para podermos esclarecer tudo que aconteceu e quem está por detrás [do caso]”, disse.
Fórum