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Guiné-Bissau: PM alerta para golpe de Estado e Umaro Sissoco Embaló confirma "posse simbólica"


Umaro Sissoco Embalo
Umaro Sissoco Embalo

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, denunciou o que considera ser um golpe de Estado com o patrocínio do Presidente cessante, José Mário Vaz, para colocar Umaro Sissoco Embaló na Presidência de República.

A acusação de Gomes foi feita na sua página no Facebook nesta quinta-feira, 27, horas antes de Embaló tomar posse num hotel de Bissau, numa cerimónia que considerou “simbólica”.

“Por ordem do ex-Presidente José Mário Vaz, o batalhão da Presidência da República ocupou os perímetros do hotel Azalai para permitir a tomada de posse ilegal de um candidato às eleições, numa altura em que se aguarda pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça sobre o diferendo eleitoral", escreveu o Chefe do Governo que ontem apelou as forças de defesa e segurança a assumirem o seu papel de garante da ordem pública.

“O Gabinete do primeiro-ministro apela às forças de defesa e segurança para assumirem o seu papel de garante da segurança e ordem pública pelas eventuais consequências que poderão advir da tentativa de subversão dos valores democráticos, que consubstanciam o Estado de direito democrático da Guiné-Bissau”, lê-se no comunicado.

A situação é de todo confusa em virtude da posse do Presidente ser uma atribuição do Parlamento que deve convocar uma sessão especial para tal.

Nesse sentido, o MADEM-G15, partido que apoia Umaro Sissoco Embaló, escreveu uma carta na segunda-feira, 24, a pedir ao presidente do parlamento para convocar uma reunião da comissão permanente da Assembleia Nacional Popular com o objectivo de preparar a investitura de Embaló.

O Supremo Tribunal de Justiça ainda não se pronunciou sobre o recurso da candidatura de Domingos Simões Pereira que contesta os resultados da Comissão Nacional de Eleições que deram vitória a Embaló.

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