O Coordenador da Campanha de Comercialização e Exportação da Castanha de Caju, Wilson Silva, diz que há sinais positivos, nas primeiras semanas, de exportação deste produto estratégico da Guiné-Bissau.
Nos “Serviços do Comércio Externo e do Guichet Único, já temos registado vinte mil pedidos de autorização pagas a espera dos próximos navios para o embarque. A nível do Guichet único temos neste momento mais de trinta e cinco mil pedidos de autorização para exportação”, disse Silva.
Segundo ele, “neste momento temos aqui em Bissau mais de 150 mil toneladas nos diferentes armazéns”, e a expectativa é atingir 175 mil toneladas de exportação.
Os empresários indianos são os maiores compradores da castanha de caju da Guiné-Bissau, mas o facto daquele país asiático estar fortemente afectado com a COVID-19 deixa o sector económico guineense com alguma incerteza, disse Silva.
Entretanto, Bubabar Mané, especialista em comercialização da castanha de Cajú, diz que já é altura da Guiné-Bissau adoptar uma outra estratégia para rentabilizar ainda mais o sector face àconcorrência continental.
“Nota-se que alguns países da zona estão a subir, em termos de qualidade da castanha. São casos da Costa do Marfim, Benin e Ghana. Ora, convém pensar que já é tempo de sairmos da exportação bruta e mudar para a fase de transformação local, o que daria a nossa campanha uma mais valia”, diz Mané.