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Guiné-Bissau: CNE mantém resultado da eleição presidencial, PAIGC recorre e candidatura de Embaló celebra


Eleitor na Guiné-Bissau
Eleitor na Guiné-Bissau

A Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau (CNE) manteve os resultados da segunda volta da eleição presidencial de 29 de Dezembro, que deram a vitória a Umaro Sissico Embaló, apoiado pelo MADEM-G15, no termo do que chamou de “verificação e consolidação de dados a nível nacional", operação realizada, em Bissau, nesta terça-feira, 4.

Enquanto a candidatura de Embaló, através do mandatário junto da CNE, congratulou-se com a decisão, o representante de Simões Pereira considerou que o órgão não respeitou a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

“Fez-se a consolidação com base no comunicado de imprensa da CEDEAO. Portanto, os dados mantiveram-se”, disse Vença Mendes, mandatário do candidato dado como vencedor.

PAIGC recorre

Entretanto, Mário Lima, representante da candidatura adversária, afirmou que “aquilo que se realizou lá dentro não tem nada a ver com o apuramento de dados, portanto a CNE nao tomou em conta as leis do país”.

Neste sentido, mais tarde, o advogado do PAIGC, que sustenta a candidatura de Domingos Simões Pereira, prometeu entregar amanhã um recurso no STJ.

“Como sempre diz o nosso presidente, o caminho que nos resta é o da lei e da democracia", sustentou Carlos Pinto Pereira, acusando a CNE de não cumprir o acórdão do STJ que ordenou um apuramento nacional dos resultados.

"Se é verdade que a CNE é quem tem competência de gestão do processo eleitoral, não é menos verdade que a partir do momento em que há um contencioso eleitoral, o processo passa para a competência do Supremo Tribunal de Justiça", disse aquele advogado.

Candidatura de Umaro Sissoco Embaló celebra

A candidatura de Umaro Sissoco Embaló também já reagiu, saudando o "desenlace pacífico e definitivo" do processo eleitoral.

"As forças políticas apoiantes do Umaro Sissoco Embaló congratulam-se com o desenlace pacífico e em definitivo desta crise pós-eleitoral criada artificialmente pela recusa do candidato vencido em reconhecer os resultados", diz o comunicado divulgado peloMovimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), que tem o apoio das demais forças políticas que fizeram campanha por Embaló.

A nota destaca que a CNE cumpriu as recomendações da CEDEAO e que "foi reconfirmada a vitória de Umaro Sissoco Embaló" nas presidenciais.

Refira-se que o chefe da missão de observadores eleitorais da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), o antigo primeiro-ministro maliano, Soumeylou Maiga, assistiu à operação na CNE.

Dados avançados pelo órgão anteriormente deram a vitória a Umaro Sissoco Embaló, com 53,55% dos votos, contra46, 45 por cento de Domingos Simões Pereira.

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