O advogado do dirigente do PAIGC e empresário Armando Correia Dias (Ndinho) detido pelas forças da ordem, no sábado, 21, acusa as autoridades de terem ordenado o rapto do seu constituinte.
O Ministério do Interior, no entanto, tem uma versão diferente e diz que ele foi detido em flagrante na posse de armas de guerra.
“Se notarem, de alguns tempos a esta parte, somente os dirigentes do PAIGC é que estão sendo incomodados pela Polícia e Ministério Público”, disse à VOA o advogado Suleimane Cassamá para quem a detenção de Ndinho é perseguição política.
“Isso não passa de uma cabala montada pelos responsáveis do Ministério do Interior e executada pelas forças da ordem pública, o pior de tudo, não permitiram aos familiares e advogados terem acesso ao Armando Correia Dias, o meu constituinte", acusou Cassamá.
O porta-voz do Ministério do Interior, Salvador Soares, não quis entrar no fundo da questão, argumentado que “isso será tratado no fórum mais alto, uma vez que o processo vai ser encaminhado para Ministério Público”.
Entretanto, em declarações aos jornalistas, Soares acrescentou apenas que o antigo conselheiro do ex-primeiro-ministro Aristides Gomes “foi interceptado numa situação de flagrante delito e na posse de duas armas militares”.
A Liga Guineense e dos Direitos Humanos condenou a forma como foi conduzida a detenção de Armando Correia Dias e exigiu a sua libertação.
Refira-se que também foi detido o irmão Carlos Correia Dias, irmão de Ndinho que se encontrava na mesma viatura, acusado de ter proferido palavras ameaçadoras contra as forças de ordem.