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Guineenses questionam decisão de Sissoco Embaló de adiar a celebração da Independência


Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, em Cabo Verde, Presidência, 8 de Julho de 2021
Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, em Cabo Verde, Presidência, 8 de Julho de 2021

Devido à sua ausência do país no dia 24, Presidente adiou a celebração para o Dia das Forças Armadas, 16 de Novembro

O adiamento das celebrações do 24 de Setembro, dia da Independência Nacional, está no centro de uma polémica na Guiné-Bissau, com cidadãos a chumbar a decisão do presidente Umaro Sissoco Embaló.

Alegando ausência no país, Sissoco Embaló adiou as celebrações para 16 de Novembro, dia das Forças Armadas.

“É uma decisão precipitada, poís o dia 16 de Novembro não tem nada a ver com 24 de Setembro; 24 de Setembro traz a proclamação da independência, a liberdade e a soberania para o nosso povo, uma bandeira e um hino nacional”, diz Teadora Inácia Gomes, uma das dirigentes históricas do PAIGC.

A veterana da luta de libertação nacional sublinha que o dia das Forças Armadas pode ser comemorado numa outra altura, “mas, 24 de Setembro não pode ser adiado”.

O gabinete de Umaro Sissoco Embaló diz que o adiamento é justo, tendo em conta a agenda do estadista que vai participar na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

António Óscar Barbosa (Kankan), afecto ao gabinete, diz que a decisão foi tomada “tendo em conta que a sub-região enfrenta um problema muito sério - caso de Mali e da Guiné Conacri e também a Jiad - e que a Assembleia Geral da ONU é uma oportunidade para os dirigentes africanos exporem estes problemas”.

Sissoco Embaló argumenta também que, devido à fragilidade financeira do país, e para que não haja duplicação de paradas, o 16 de Novembro é a data ideal para a comemoração dos dois actos históricos.

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