O Governo da Guiné-Bissau vai retomar a produção do arroz e, por agora, beneficiará de um empréstimo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) no valor de 6 milhões de dólares num projecto de quatro anos.
Este não é, no entanto, o primeiro projecto e especialistas questionam se irá ser levado à frente ou não.
A aposta é aumentar a produção do arroz nas regiões de Oio, no Norte, e Bafatá, leste da Guiné-Bissau, duas regiões tradicionalmente consideradas estratégicas, a par do Sul, outrora o principal celeiro do país.
O país tem um défice em termos de produção do arroz de cerca de 80 mil toneladas anualmente.
Este não é, no entanto, o primeiro projecto e especialistas questionam se irá ser levado à frente ou não.
Midana Sambú, especialista em economia e comércio internacional, considera que a questão não se limita ao financiamento da produção do arroz, mas sim, à operacionalidade das linhas estratégicas do projecto no terreno.
Sambú pergunta, no entanto, quantos projectos do género já foram financiados.
“O meu medo é que seja mais um projecto apenas. É bom que seja confiado a pessoas ou uma equipa que compreendam e que tenham a capacidade para trazer os resultados esperados. Uma segunda dimensão que nós questionamos, tem a ver com que tipo de agricultara. A nossa agricultura está numa fase tradicional, daí que na nossa perspectiva deve ser levada em conta a evolução tecnológica, mas sem esquecer o conhecimento local”, defendeu aquele economista.