Amadu Buaro, de 26 anos, estava a estudar administração em uma escola secundária da capital da Guiné-Bissau, mas devido às dificuldades financeiras que enfrenta teve que interromper os estudos, adiando assim o seu sonho de continuar a se capacitar para um dia tornar-se um líder político que possa fazer a diferença em seu país.
Buaro informa que a maioria dos jovens que concluiu o liceu não consegue entrar numa universidade porque não tem como pagar pelos estudos.
O que temos observado nas entrevistas com vários guineenses é que alguns jovens conseguem bolsas e entram em universidades no exterior, como por exemplo no Brasil, e outros abandonam o país e se arriscam pelo Mediterrâneo em busca de uma vida melhor na Europa.
Embora a Guiné-Bissau passe por uma crise política desde 12 agosto de 2015, quando o Presidente José Mário Vaz demitiu o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, Amadu Buaro ainda não desistiu do seu país.
Ele está preocupado com a situação e não acredita que eleições antecipadas sejam a solução para o problema. Faz um apelo aos líderes dos partidos políticos para que iniciem um diálogo sincero e franco, no qual o objetivo principal seja o bem da população guineense, e não os ganhos pessoais ou políticos.