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Guiné-Bissau: Liberdade de Imprensa condicionada


Jornalistas guineenses
Jornalistas guineenses

Sobre a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau falamos com os jornalistas Alain Ieró Embalo e Seco Baldé Vieira

Sobre a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau falamos com o jornalista guineense, Alain Ieró Embalo, correspondente internacional e membro dirigente da Associação Oeste Africana dos Jornalistas de Investigação.

Guiné-Bissau: Liberdade de Imprensa continua condicionada
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Este jornalista, em exercício efectivo, algumas vezes alvo de ameaças, traçou o quadro da liberdade de imprensa na Guiné-Bissau que, na sua perspectiva, assenta em condicionantes que se seguem: “deve ser um quadro que leve em conta a pobreza e o currículo de formação dos jornalistas, pois não podemos falar da liberdade de imprensa se as condições dos jornalistas ser das piores”.

Na óptica de Seco Baldé Vieira, jornalista e um dos principais editores do jornal estatal “Nô Pintcha”, para falar da liberdade de imprensa na Guiné-Bissau, é obrigatório destacar duas vertentes essenciais e que pesam sobre a sua efectividade: ”em termos expressivos, há liberdade de imprensa, sim. Mas a nível material, não se pode falar da liberdade de imprensa, porque a liberdade não se limita apenas no exercício da nossa atividade, mas sim nos direitos que temos. Exemplo: sem um contrato de trabalho ou quando um jornalista recebe 20mil Fcfa e sem meios de trabalho, como pode, este jornalista, dizer que tem liberdade?”.

Citando as disposições comunitárias da CEDEAO e da UEMOA sobre as condições básicas para o exercício profissional dos jornalistas, a nível dos países que fazem partes destas duas organizações sub-regionais, Seco Baldé Vieira, anima-se e considera que é possível inverter o quadro: “Por exemplo, estamos a referir a convenção colectiva a nível da UEMOA, que baliza o salário médio e propõe ao Estado a subvencionar os órgãos da Comunicação Social, públicos e privados, pelo serviço público que prestam”.

Por sua vez, Alain Iero Embaló sublinhou os argumentos que dão razão para que a Guiné-Bissau ascenda mais duas posições no ranking mundial sobre a liberdade de imprensa, em 2016: “isto tem a ver com o facto de nenhum jornalista ter sido preso pelo trabalho feito. Também deve-se a razão de uma certa tolerância das autoridades e da sociedade em permitir que os jornalistas façam os seus trabalhos, normalmente, mesmo em situações anormais”.

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