Na Guiné-Bissau, enquanto se desenrolam as negociações para a saída da crise, com o apoio de entidades internacionais, o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, voltou a criticar o Presidente da República.
Simões Pereira clasisficou de barricada imposta pelos membros do Governo demitido por José Mário Vaz, junto ao palácio governamental.
O antigo primeiro-ministro qualificou o acto de um gesto de repúdio a decisão do Presidente, simplificando assim a atitude dos antigos ministros e Secretários de Estado do Governo de Carlos Correia: “As pessoas que estão no Palácio do Governo não são arruaceiras e não estão lá por vontade e menos por apego ao lugar, mas elas lutam pelo respeito da ordem democrática e constitucional”.
Face à situação, organizações internacionais, em Bissau, entre as quais, a ONU, a CEDEAO, a União Africana e a União Europeia estão envolvidas numa mediação separada, entre o primeiro-ministro demitido, Carlos Correia, de um lado, e o Chefe de Estado, José Mario Vaz, do outro.
Enquanto isso, há o primeiro-minsitro empossado Baciro Djá começou a fazer contactos para formar o seu Governo.
Em Bissau, está também uma delegação da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), que já manteve encontros com o Presidente José Mário Vaz, e Cipriano Cassamá, presidente do Parlamento guineense.
Ainda no quadro dos esforços internos para ultrapassar a crise, aliada a ocupação do Palácio Governamental, por parte dos membros do Governo exonerado, um grupo de oficiais militares e de segurança, que fazem parte da Comissão de Paz e Reconciliação no seio das Forças de Defesa e Segurança, encontra-se em contacto com os principais actores políticos envolvidos nesta crise político que já dura 10 meses.
A VOA apurou que, em resultado destes contactos, a Comissão esteve reunida também com a Chefia do Estado-maior General das Forças Armadas, e a esta hora, está a reunir-se com Carlos Correia, líder do Governo demitido, depois do encontro Baciro Dja.