Depois de quatro meses, o Governo da Guiné-Bissau reabriu as suas fronteiras com a vizinha Guiné-Conacri, um dos países afectados pelo vírus do ébola.
A decisão das autoridades guineenses é o cumprimento de uma das resoluções da recente cimeira da Cedeao, segundo a qual todas as fronteiras com os países atingidos pela epidemia devem ser reabertas como sinal de solidariedade.
Ouvida pela Voz da América, a ministra guineense da Saúde Valentina Mendes apontou que as medidas restritivas são e serão as mesmas.
Em face da insuficiência de equipamentos logísticos para reforçar as medidas de prevenção ao vírus do ébola, a titular da pasta da Saúde afirmou que uma das estratégias tem a ver com a formação do pessoal de segurança junto as fronteiras.
Atento à decisão do Governo e mediante os riscos que tal decisão pode acarretar para a Guiné-Bissau, o presidente da Comissão Especializada da Assembleia Nacional Popular para Assuntos Sociais Carlitos Barai, sem querer ser pessimista, considera ser difícil manter um controlo rígido na entrada e saída das pessoas na linha fronteiriça entre a Guiné-Bissau e Guiné Conacri.
O argumento de Barai para área da Saúde, assenta no facto da conivência e interactividade comercial entre as populações ou as comunidades de Bissau e Conacri nas fronteiras comum serem muito afectivas.
Carlitos Barai desvaloriza, por outro lado, a alegada incidência negativa do encerramento da fronteira, durante quatro meses, por parte das autoridades guineenses, na escassez de produtos da primeira necessidade no mercado nacional.