Dezoito partidos políticos guineenses sem assento parlamentar sgeriram, hoje, a criação de uma Comissão Politica e Social para a aplicação do recente acordo proposto pela CEDEAO.
Alguns observadores afirmam que se trata de mais um exercício politico para o preenchimento do vazio que se regista na dinâmica da actual crise politica no país.
Os 18 partidos políticos extraparlamentares vêm reivindicando um assento no diálogo politico desde o desencadear da actual situação politica, com a demissão, em 2015, do Governo de Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC.
Para os protagonistas desta iniciava, a posição ora tornada pública, deve-se ao não entendimento, até aqui, dos principais actores políticos envolvidos na crise.
Algumas opiniões advogam, por outro lado, que a constituição de uma comissão da natureza, tal como aconteceu em 2003, após o golpe contra o Presidente Kumba Yala, pode sobrepor-se, em parte, as competências da Assembleia Nacional Popular.
O porta-voz dos 18 partidos extraparlamentares, Alípio da Silva, disse que isso está fora de questão.
“Convém esclarecer que não que existe nenhuma concorrência em termos de competências", disse.
Ele acrescentou que "as competências da Comissão, não colidem com as da Assembleia Nacional Popular, porque as da ANP, estão estabelecidas na Constituição da Republica e no Regimento, e as da Comissão estão configurados nos seus estatutos”.
As 18 formações políticas defendem também a formação de um governo que inclua os partidos sem deputados na Assembleia Nacional Popular.
E, caso a iniciativa não ganhe o espaço junto dos principais actores políticos, vão prosseguir com as exigências de um entendimento abrangente.
Desde a ultima missão de alto nível da CEDEAO ao país, ao que se apurou, não há ainda qualquer sinal sobre o início das negociações entre os actores políticos nacionais, conforme o acordo assinado entre as partes.