Presidente da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, empossou hoje, 15, alguns dos seus mais recentes Conselheiros, tendo afirmado que não fazem parte de nenhum Governo-sombra, mas analistas dizem que a motivação é política.
A lista de Conselheiros inclui o antigo ministro da Defesa, Marciano Silva Barbeiro, com direitos e regalias inerentes ao cargo de Ministro de Estado; e Nuno Gomes Nabiam, que vai continuar a usufruir dos direitos e regalias inerentes ao cargo de Primeiro-ministro, funções que acabou de deixar a favor de Geraldo Martins.
“Este não é um Governo-sombra. É uma estrutura do Presidente da República. É bom deixar isso claro, porque, às vezes, gostamos de deturpar [os factos]”, disse Sissoco Embaló.
Ele argumentou que “se lembrarem bem, em 2006 ou 2007, o Presidente “Nino” Vieira nomeou Fadul [Francisco José Fadul] e Alamara N’Tchia Nhassé como seus Conselheiros e com regalias inerentes ao cargo de Primeiro-ministro, porque foram Primeiros-ministros. À luz da lei, é o Presidente [da República] quem nomeia e dá a ‘estrutura’ que quiser. O Decreto do Presidente da República é uma lei”.
Mas o analista político Rui Jorge Semedo julga problemática a intenção de Sissoco Embaló.
“O Presidente da República pode até não reconhecer que criou um Governo-sombra, mas, politicamente, observando, vê-se que o objectivo é político e vai perturbar não só a estabilidade governativa, mas também vai perturbar o Governo do ponto de vista financeiro”, diz o analista político Rui Jorge Semedo.
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