O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau defende um plano de emergência para responder às necessidades prioritárias da população.
Geraldo Martins fez este pronunciamento nesta terça-feira, 8 na cerimónia na sua tomada de posse, conferida pelo Presidente da República.
Na sua intervenção, ele lembrou dos grandes problemas reportados pela população durante a campanha eleitoral, como "a evacuação da castanha de caju, a redução dos preços de géneros alimentícios, a educação, a saúde, a água".
Por isso, afirmou Martins, "essas áreas são prioritárias e que para nós vão constituir aquilo que chamamos de emergência.
Para responder a estes desafios de emergência, sem avançar muitos detalhes sobre o seu Executivo, justificou a necessidade de um Governo inclusivo.
"Não é surpresa para ninguém, porque tem sido público o exercício de preparação para hovernação que temos feito, nomeadamente os Acordos de Incidência Parlamentar e Governativa", destacou Geraldo Martins, indicando os compromissos com o Partido da Renovação Social (PRS) e Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG).
Esses acordos, ainda segundo Martins, "são de incidência parlamentar e governativa, o que significa que esses partidos estarão representados no Governo juntamente com o PAI – Terra Ranka, daí que vai ser um Governo inclusivo, como temos dito, para tentar resolver os problemas das populações.
O primeiro-ministro, indicado pela maioria da coligação PAI-Terra Ranka, fez um apelo a uma sãocoabitação com o Presidente da República.
"Quando um país está confrontado com desafios enormes e os desafios – penso que toda a gente reconhece que são desafios enormes que temos pela frente –, perder tempo e energia em guerras desnecessárias não faz qualquer sentido. As populações estão à espera de nós. Estão à espera que sejamos capazes de resolver os seus problemas e não podemos desperdiçar a nossa energia em guerras fúteis" apontou Martins
A seguir, ao se dirigir a Umaro Sissoco Embaló, "o apelo da Sua Excelência o Sr. Presidente da República é um apelo que nós endossamos e, também, nas nossas palavras dissemos isso: que é preciso olharmos para frente e não no retrovisor e a culparmo-nos uns aos outros".
"O que é preciso é juntar forças para tentarmos resolver os problemas. Não vai ser fácil, temos consciência disso. Mas, acredito que vamos ser capazes de resolver esses problemas", conclui o novo primeiro-ministro.
No mesmo sentido, o Presidente da República, dirigindo-se a Geraldo Martins, disse-lhe que "a qualquer hora que precisar do meu apoio não hesite, tê-lo-á, porque a Constituição nos liga". É
“A campanha (eleitoral) acabou. Vamos esperar mais dois anos para a campanha. Eu gosto da campanha, mas ela acabou. A campanha agora é sobre a Guiné-Bissau. Vamos ver se você, eu, Domingos e os venerandos andaremos juntos, a comunidade internacional vai dizer de facto essa gente merece ser apoiado. Vamos conseguir", concluiu Umaro Sissoco Embaló.
Com a posse do primeiro-ministro, o próximo passo será a formação de um novo Governo.
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