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Guiné-Bissau: País caminha para fim da quarta vaga da covid-19, mas aposta continua na vacinação


Vacinação contra a covid-19, Guiné-Bissau
Vacinação contra a covid-19, Guiné-Bissau

Alto Comissariado contra a Covid-19 reconhece "diminuição considerável" de casos da doença, mas diz ser permaturo falar em pós-pandemia

O Alto Comissariado de Luta contra covid-19 na Guiné-Bissau garante que tem havido uma “diminuição considerável” de novos casos de pandemia, aparentando o fim da quarta vaga na Guiné-Bissau.

No entanto, reitera que as vacinas continuam a ser a maior estratégia de combate, embora o país continua a observar mais um estado de alerta.

Desde o início pandemia, o país regista um número acumulado de 8 mil e 140 casos positivos, 7 mil e 111 indivíduos recuperados, 853 casos activos e 170 óbitos.

Crister Ocadaque, médico coordenador do Call Center, um centro de atendimento para a covid-19, revelou à VOA que o número de chamadas, por dia, relativamente aos pedidos de informação sobre a pandemia, baixou nos últimos tempos.

“A tendência de chamadas varia de acordo com factores externos, sobretudo com o quadro epidemiológico”, precisou Crister Ocadaque.

“A partir do momento em que se tem uma redução de número de casos, regista-se uma queda a nível de ligações em relação às informações sobre covid-19”, explica.

Os dados do Centro de Atendimento para Covid-19, especializado em prestar informações e orientações sobre a pandemia, apontam que em média, são atendidas diariamente entre 150 a 200 chamadas, ou seja 3500 ligações por mês.

Não obstante o presente quadro animador, conforme os responsáveis sanitários, a vacinação aparece como a estratégia principal para contornar o impacto do coronavírus na Guiné-Bissau.

Até ao momento, já foram imunizados 50% dos 76% da população alvo.

Em conversa com Plácido Cardoso, secretário do Alto Comissariado de Luta contra a Covid–19, ele afirmou o quanto as vacinas têm ajudado na contenção da pandemia.

“Iniciamos há dois meses a vacinação de reforço, tendo em conta o grupo alvo, nomeadamente as pessoas de mais de 50 anos de idade, pessoas portadoras das doenças crónicas, como diabete , hipertensão, insuficiência renal, asma, etc.”, afirmou Cardoso.

Também e conversa com a VOA, o médico Edwis Martins diz que “temos de continuar a vacinar e a sensibilizar a população, porque não adianta tirar decretos e proibir algumas liberdades, mas no fundo estamos a viver numa tremenda normalidade, com concertos e com uma taxa da população muito baixa”.

Apesar de dados serem encorajadores, Plácido Cardoso é de opinião que ainda é cedo para se falar no período pós-pandemia na Guiné-Bissau, “embora estejamos a trabalhar as intervenções sobre o reforço do sistema nacional de saúde.

Aliás, Edwis Martins considera que a Guiné-Bissau tem ainda muitos desafios porque a pandemia “vai continuar a ter impacto enorme a nível do sistema nacional de saúde”.

“As pessoas vão continuar a sofrer à volta dessa doença, porque muitas não conseguiram, até hoje, ter um controlo efectivo das suas doenças crónicas. É importante também que após a pandemia os programas ligados às doenças crónicas tenham atenção porque são grupos vulneráveis que provavelmente vão ter mais problemas em adaptações depois da covid-19”, concluiu aquele médico.

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