Os sectores dos transportes públicos, saúde, educação e administração pública da Guiné-Bissau têm conhecido, nos últimos anos, situações de constantes paralisações.
O desentendimento sobre vários acordos assinados entre o Governo e os sindicatos, incluindo com a maior Central Sindical guineense, a UNTG, constam como causas das sucessivas greves.
A mais recente greve afectou, sobretudo, na semana passada o sector dos transportes públicos.
O desacordo envolveu a Federação das Associações dos Motoristas e Transportadores e o Governo e como consequência Bissau parou por algumas horas.
Segundo os motoristas, os motivos das greves no sector dos transportes tem a ver com "incumprimentos de um Memorando de Entendimento" assinado com o Governo m 2021, ao abrigo do qual o Executivo se comprometeu a acabar com as cobranças do Fundo Rodoviário (imposto de circulação) até que as estradas sejam reparadas, que a Polícia de Trânsito suspenda a cobrança de coimas na via pública, que os pagamentos sejam feitos num guichet e ainda que sejam reduzidas as operações stop.
Mas, o Governo tem outra leitura.
Luís Filipe, presidente da Comissão Técnica de Automobilismo, da Direcção-Geral de Viação e Transportes Terrestres, afirma que tudo o que o Governo term feito visa pura e simplesmente cumprir com as normas estabelecidas sobre a circulação na via pública.
E para evitar as constantes paralisações no sector de transportes púbicos, Luís Filipe enumerou os pontos que devem ser observados por parte da Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres.
Se todas as greves têm as suas consequências, a do sector dos transportes fica no topo da lista.
A propósito, o economista Serifo Só diz haver variáveis que descrevem as consequências dessas greves, que têm afectado também nos diversos sectores da vida nacional, com particular destaque para saúde e educação.