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Guiné-Bissau: Disparidades no orçamento mostram prioridades do Governo


Polícia interdita marcha de profissionais de saúde em Bissau, Guiné-Bissau, 11 Janeiro 2022
Polícia interdita marcha de profissionais de saúde em Bissau, Guiné-Bissau, 11 Janeiro 2022

A Guiné-Bissau vai ter um novo Orçamento Geral do Estado para 2023 só depois de um Governo saído das próximas eleições legislativas, mas analistas dizem que o de 2022 espelha disparidades.

A cotação do Ministério da Educação Nacional no Orçamento Geral do Estado de 2022, está situada em mais de 58 milhões de dólares, correspondente a 18,4% do total do OGE.

Enquanto isso, o sector da Saúde recebeu pouco mais de 41 milhões em moeda norte-americana, isto é, 11,8%. Trata-se de um número muito inferior ao do Ministério das Finanças que foi além dos 17% do total do Orçamento Geral do Estado de 2022.

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Desfolhando ainda o Orçamento Geral do Estado do ano corrente, apesar da dissolução do parlamento, em Maio, o Ministério da Defesa Nacional representa 10,1% do total das despesas correntes do Estado, enquanto que o do Interior soma 5,8%, totalizando mais de 15% do total do OGE para área da Defesa e Segurança.

Mas, o mesmo não se pode dizer da área produtiva. Para um país, cuja maioria da população é camponesa, o Governo deu ao Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural uma verba orçamental anual de cerca de 20 milhões de dólares, equivalente a 7,5%.

Sobre isso, o economista Júlio Biaguê diz que “o governo guineense sempre teve má-fé na distribuição da riqueza nacional, sobretudo na alocação dos recursos nas cadeias de sustentabilidade que garantam a funcionalidade dos sectores de educação e da saúde”.

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